Como ser um bom gestor: 11 dicas práticas

Como ser um bom gestor é uma pergunta que ronda a mente dos profissionais responsáveis por comandar uma área específica de um negócio ou até mesmo toda uma empresa. Diante da necessidade frequente de tomar decisões, prestar contas das atividades feitas, lidar com pessoas etc., tais gestores vivem o desafio constante de encontrar a fórmula do sucesso.

Se por um lado a busca por resultados cada vez melhores é um objetivo essencial à sobrevivência de qualquer gestor no mundo corporativo, por outro, um relacionamento saudável com os colaboradores traz benefícios para a motivação e o engajamento da equipe. Além disso, o próprio gestor tem que balancear os momentos da vida pessoal e da profissional, para ter um desempenho satisfatório no longo prazo.

Foi pensando nessa complexidade que envolve a gestão, seja qual for o tipo de negócio a ser gerido, que preparamos este texto. Nele, você vai encontrar 13 dicas valiosas para desenvolver habilidades, otimizar comportamentos e implementar ações, iniciativas que vão contribuir de forma significativa para melhorar a sua performance como gestor. Confira agora mesmo!

1. Ter reuniões colaborativas

Não há dúvida de que o tempo é um ativo de grande importância para o dia a dia do gestor, por isso, ele deve ter meios para desburocratizar tarefas e otimizar a própria presença. Contudo, quando se trata de reuniões, vale a pena abrir espaço para que os colaboradores e os convidados em geral participem de modo a enriquecer o diálogo e buscar soluções mais efetivas e decisões acertadas.

Se no início dessa iniciativa houver muitos conflitos de opiniões ou mesmo divagações, cabe ao gestor estabelecer critérios de participação e criar mecanismos para que a reunião seja o mais eficiente possível. Vale a pena, por exemplo, organizar a ordem de fala, estipular o tempo de participação de cada um e realizar interferências a cada vez que as discussões fugirem aos itens que perfazem a pauta.

O mais importante é que a condução da reunião pelo gestor leve a momentos de colaboração entre os seus participantes com a intenção de tratar de forma objetiva das temáticas colocadas em foco. Lembre-se de que a combinação de visões diferentes sobre uma mesma situação pode acelerar o alcance dos resultados positivos almejados pela empresa, além de fomentar a cultura de trabalho em equipe.

2. Dedicar-se à capacitação constante

O mundo contemporâneo é marcado pelo rápido desenvolvimento científico e por constantes atualizações de tecnologias e de conhecimentos. Em um cenário assim, ficar dois anos sem fazer cursos de capacitação ou sem obter certificados de qualificação extras pode significar um atraso considerável na carreira de um gestor, no que se refere à atualização mercadológica.

Além disso, com o fluxo contínuo de informações presentes na internet, as quais, muitas vezes, são de domínio dos colaboradores, o gestor deve ter a capacidade de aprender rápido, para aplicar o conhecimento adquirido e mostrar resultados para a empresa. Nesse sentido, quem quer aprender como ser um bom líder, não pode negligenciar o aprendizado como forma de melhorar a própria performance.

Por isso, é essencial que o gestor fique de olho nas instituições de ensino que oferecem cursos de aprimoramento para escolher aqueles que mais são adequados às suas necessidades formativas e às exigências do contexto mercadológico. Caso contrário, a gestão tende a ficar obsoleta, influenciando de maneira negativa a obtenção de resultados pela empresa.

A boa notícia é que, frequentemente, as capacitações do gestor podem ser feitas online, em cursos oferecidos na modalidade a distância. Essa possibilidade é muito relevante, levando-se em conta as limitações quanto à disponibilidade de tempo e de deslocamento que o gestor tende a ter em razão de seus compromissos cotidianos de trabalho e de seus afazeres rotineiros da vida pessoal.

3. Incentivar a cultura de resultados

Para se manter viva, e de preferência bem-sucedida no mercado, uma organização depende do alcance contínuo de resultados positivos. Portanto, é essencial que o gestor incentive a sua equipe para atuar nessa busca. Isso pode ser feito, por exemplo, por meio do emprego de técnicas motivacionais e de conversas francas sobre as necessidades da empresa e das obrigações do quadro de funcionários.

Quando todos os profissionais têm consciência do próprio papel dentro da empresa, possuem meios técnicos adequados e o devido treinamento para realizar as tarefas, bem como sabem exatamente como serão avaliados, as relações internas tendem a ser mais objetivas. Esse cenário contribui de modo significativo para a melhoria dos resultados que são entregues pelas equipes.

Dessa maneira, o gestor otimiza eventuais cobranças dos seus superiores e até da própria equipe, ao mesmo tempo em que evita o jogo de empurra entre os colaboradores, auxiliando no aumento da eficiência e produtividade. Quando todos os profissionais estão engajados na busca das metas, as chances de a empresa obter os resultados esperados são muito maiores.

4. Dar e receber feedbacks

O gestor é alguém que interage diariamente com várias pessoas da equipe. É sua função não apenas dar ordens, mas, sobretudo, mostrar aos membros da sua equipe o melhor caminho para que cada um possa realizar o seu trabalho. Muitas vezes, cabe a ele ser um facilitador na conquista de tarefas conjuntas, que envolvam diversos profissionais, sem que necessariamente eles possam se comunicar de forma direta.

Para que o relacionamento interno seja sempre proativo e favorável ao trabalho coletivo, o gestor deve manter uma postura aberta para dar e receber feedbacks construtivos. Quando ataca os problemas de maneira racional, sem expor os colaboradores a constrangimentos, o gestor fortalece vínculos de confiança e abre a oportunidade de um diálogo sincero com os membros da equipe.

Dessa maneira, a probabilidade de ele ser atendido em seus pedidos é muito maior, e isso sem que o colaborador fique ressentido, faça corpo mole em suas tarefas ou crie antipatia pelo gestor. O trabalho tem mais fluidez à medida em que são dadas devolutivas que trazem explicações e sugestões de melhorias para os funcionários, fazendo do feedback uma ferramenta de otimização de desempenho.

Sob outro enfoque, o gestor também deve se manter aberto a receber a opinião da equipe e de eventuais superiores, de modo a aperfeiçoar a própria atuação. Isso é importante uma vez que, além de ter suporte para melhorar a sua performance, a exemplo do que ocorre com os membros da sua equipe, o gestor dá exemplo aos colaboradores, consolidando esse processo.

5. Reduzir custos de forma inteligente

Em quase todas as organizações, os gestores são também cobrados por redução de custos, seja como forma de aumentar a competitividade do negócio ou elevar a lucratividade da empresa. Tendo em vista as necessidades operacionais da companhia, essa tarefa costuma ser trabalhosa e nem sempre bem-sucedida, podendo acarretar problemas e até gerar custos adicionais.

Diante desse constante desafio, muitos profissionais partem para o caminho mais fácil, que é o corte de pessoal, de forma a enxugar ao máximo o quadro. Contudo, tal tática pode ser muito prejudicial para os resultados empresariais, pois com as demissões o negócio joga fora o investimento em treinamento, sem contar os eventuais gastos com novas contratações.

Como alternativa viável a esse cenário, o gestor pode buscar reduzir custos por meio da eliminação de gargalos ao longo do processo produtivo, como gastos elevados com papel, energia, telefone etc. Ao implantar ferramentas tecnológicas capazes de encurtar distâncias e desburocratizar o serviço, o gestor cria as condições para naturalmente a empresa gastar menos.

6. Estabelecer prioridades

Quem busca saber como ser um bom gestor não pode se esquecer da administração do tempo e da definição de prioridades no dia a dia profissional. Nesse contexto, quando falta planejamento, a tendência é que o gestor tenha que apagar incêndios o tempo todo e ter uma agenda baseada em atividades urgentes, condições que o impedem de contribuir para a implementação de melhorias.

Pelo contrário, quando o responsável pela gestão elenca prioridades de curto, médio e longo prazo, com status para cada tipo de atividade, ele reorganiza a própria agenda e passa a ter uma eficiência muito maior na rotina diária. Essa postura é fundamental para que o gestor seja capaz de executar todas as suas tarefas de acordo com o tempo estipulado e não se sobrecarregue.

Desse modo, sobra mais tempo para decidir questões estratégicas do negócio em vez de se envolver demais em assuntos operacionais. Ao estabelecer as prioridades, o gestor passa a se envolver apenas nas atividades, que, de fato, precisam de sua intervenção, o que confere maior probabilidade de ele realizar o seu trabalho da forma mais competente possível, destacando-se na gestão.

7. Ter foco na lucratividade e na eficiência dos processos

O bom gestor não pode perder de vista a saúde financeira da empresa, caso contrário a própria administração está em risco. Por isso, é essencial que o gestor tenha conhecimentos sobre as finanças da companhia. Ao mapear fontes de receitas e de despesas, bem como o fluxo de caixa da organização, esse profissional passa a ter os dados à mão e, com isso, pode implementar estratégias de aumento das vendas.

Além disso, cabe ao gestor avaliar continuamente os processos da empresa, para encontrar eventuais falhas ou gargalos e, dessa forma, otimizar os fluxos internos e externos, o que incide positivamente sobre a lucratividade da empresa. Ao retirar esses entraves, a organização ganha em produtividade e eficiência, passando a ser mais competitiva no mercado em que está presente.

8. Definir limites entre vida profissional e pessoal

Pouco adianta nutrir uma autoimagem de Super-Homem no universo do trabalho, uma vez que todo profissional também possui a própria vida pessoal para cuidar. O ideal é que haja equilíbrio entre essas duas esferas da existência. Afinal, se um dos lados da balança passa a pesar demais, a tendência é que haja consequências negativas para a performance do ser humano como um todo.

Se o gestor se dedica muito ao trabalho, a ponto de deixar de lado a família, o lazer e as atividades de entretenimento, corre o risco de ficar bastante estressado e até de ter problemas de saúde. Uma vida pessoal plena e feliz gera reflexos positivos para a atuação do gestor em seu cotidiano profissional já que, em situação de bem-estar e boa disposição, ele pode direcionar a sua energia a um ótimo desempenho laboral.

Logo, o gestor deve ser capaz de não só administrar de maneira eficaz um negócio, incluindo os recursos humanos envolvidos, como também gerenciar a sua própria vida, sem negligenciar as várias áreas.

9. Comprometer-se com a inovação

Uma empresa rígida e fechada para inovações tende a se tornar obsoleta no decorrer do tempo. Ao assumir essa postura, o negócio fica facilmente vulnerável à concorrência, perdendo competitividade no segmento em que atua. Para não ficar para trás no mercado, a organização deve favorecer a cultura da inovação internamente e buscar melhorias externas de forma constante.

Nesse sentido, o gestor tem um papel fundamental de ser um promotor das iniciativas inovadoras. Por exemplo, ao rever os processos e as tecnologias utilizadas a cada período, como um trimestre, o gestor não só avalia se a empresa está no rumo certo como também evita a acomodação das equipes.

10. Estabelecer e desenvolver planos de metas

Uma gestão de qualidade requer o estabelecimento, o desenvolvimento e, se possível, o cumprimento de um plano de metas. Trata-se de trabalhar com a definição dos objetivos que a organização pretende alcançar, com técnicas, estratégias e cronograma para a execução das etapas, visando a atingir os resultados esperados.

Quando o gestor opera com um plano de metas, é capaz de organizar coerentemente as atividades que ele e a sua equipe devem realizar em prol das necessidades da empresa. Além disso, de posse desse instrumento, o gestor tem condições de cobrar de forma contínua a execução do trabalho por parte dos seus colaboradores, podendo, para isso, usar métricas que ele mesmo estabeleceu no planejamento inicial.

11. Fomentar a competitividade

Qualquer empresa está frequentemente envolvida em uma atmosfera de grande competitividade, tanto externamente, na concorrência de mercado com outras empresas, quanto internamente, na competição entre os seus próprios colaboradores. Ciente dessas circunstâncias, cabe ao gestor estabelecer critérios claros para si mesmo e para o restante da equipe com a intenção de tornar a competitividade um atributo sempre positivo.

Isso requer a utilização efetiva dos planos de metas elaborados e que estão em vigência, os quais vão servir como um norteador para as ações que tanto o gestor quanto os demais funcionários devem realizar. Desse modo, o gestor deve indicar como cada um dos membros de sua equipe deve atuar para alcançar os objetivos que foram traçados, o que engloba o comportamento frente as situações de competitividade.

No caso da competitividade entre os funcionários, é fundamental que o gestor tome medidas que a tornem saudável, de maneira a não prejudicar o trabalho do grupo. Podem ser criadas situações que favoreçam a competição, como a atribuição de prêmios de bonificação para os colaboradores que alcançam os melhores resultados, com regras que normatizem essa disputa.

Situações como essas impactam positivamente na competitividade externa da empresa em um determinado ramo de negócios. Isso porque, ao buscarem pelos seus melhores desempenhos, os funcionários são mais produtivos, o que faz com que a companhia obtenha resultados mais satisfatórios e, consequentemente, com mais chances de competir com as suas concorrentes.

12. Ser proativo

Para ser bem-sucedido em suas atividades, é essencial que o gestor possa contar com o apoio incondicional de sua equipe. Não existe forma melhor de obter esse suporte do que o gestor ser proativo com os seus colaboradores, atuando junto aos funcionários sempre que estes pedem auxílio ou quando ele próprio verifica a necessidade de contribuir mais efetivamente para a realização do trabalho.

Ao agir de forma proativa, antecipando-se na resolução de demandas ou respondendo prontamente às solicitações da sua equipe, o gestor fortalece o seu grupo de trabalho. Além disso, ganha cada vez mais confiança e a admiração dos seus colaboradores.

13. Demonstrar coerência

Uma das características mais desejáveis em um profissional é a coerência, ou seja, a atuação de forma lógica, congruente e uniforme no ambiente de trabalho. No caso do gestor, isso é ainda mais valorizado, uma vez que ele deve ser o exemplo para os membros da sua equipe.

Assim, é fundamental que o gestor seja coerente em todas as suas atividades profissionais. Isso inclui estabelecer e seguir critérios objetivos na hora de gerir os seus recursos humanos, cumprir todas as normas de trabalho definidas pela empresa e ser justo em suas ações.

Fonte: docusign